Descoberto fóssil da maior cobra do mundo
Uma equipa de paleontólogos descobriu os restos fossilizados de serpentes de dimensões gigantescas que viveram na floresta tropical colombiana entre há 58 e 60 milhões de anos. A Titanoboa cerrejonensis, como foi entretanto classificada, media 13 metros de comprimento e pesava 1 135 quilos. As características das vértebras fósseis encontradas revelaram semelhanças morfológicas com as das Boa Constrictor. A descoberta faz desta serpente a maior alguma vez identificada e é relatada pela revista Nature.
A Titanoboa ultrapassa em tudo as dimensões das serpentes dos nossos dias. São conhecidas cobras pitão com comprimento próximas dos dez metros e anacondas com pouco mais de sete metros, entre ambas sendo hoje reconhecidas as maiores espécies de serpentes vivas.
Dadas as características biológicas destas serpentes, cujo metabolismo depende muito das condições de temperatura do meio onde viviam, a descoberta dos fósseis da Titanoboa cerrejonensis sugere que, há 58 milhões de anos, a temperatura na floresta tropical na região deveria oscilar entre os 30 e 34 graus centígrados. Este modelo enquadra-se nas estimativas já antes feitas para os modelos climáticos do Paleocénico, a época na qual esta serpente viveu.